segunda-feira, 27 de junho de 2016

Modelos de Leitura

Ler, para nossos educandos, é um processo complexo e dinâmico, pois na leitura se faz necessária uma interação entre o autor, leitor e o texto para se produzir sentidos. Devido a isso, é importante trabalhar com diversas linguagens e gêneros textuais, sempre direcionados para a realidade do aluno, visando estimular nossos alunos a terem contato com a produção de diversos textos, refletindo sobre suas estruturas. Precisamos ser capazes de mobilizar os alunos a serem agentes ativos em suas produções, entendendo a leitura como uma fonte de informação, prazer e conhecimento. A atividade a seguir busca alcançar alguns dos objetivos esclarecidos acima. É necessário esclarecer algumas questões da atividade, que seguem na imagem abaixo.
Observação: o conto que apresentamos aqui é o sugerido por outro grupo, visto que aquele que escolhemos permanece com o grupo em que ocorreu a troca.

Instruções:
Atividade:



A lápis, na última imagem, segue o final reformulado. Além disso, a seguir, seguem os contos criados a partir de palavras escolhidas do texto (aposento e ascender).



Para continuar refletindo...

http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/frases-famosas-748984.shtml#15

Produção de texto oral a partir de imagens


Acreditamos ser de grande valia proporcionar aos nossos alunos momentos de leitura de forma atrativa e interessante. Com a atividade que segue, as crianças podem partir de sua criatividade e imaginação para criar, enriquecer seu vocabulário e desenvolver a capacidade de raciocínio a partir de ideias de outros, respeitando o tempo e vivências dos colegas. Por meio dessa proposta, percebemos também a importância da oralidade, forma rica de expressão em que os alunos se expõe criticamente, expondo sua ideias. Logo, ela é mais uma forma de à criação de histórias, contos, poesias, enfim, produção de diferentes gêneros textuais. É imprescindível destacar as diferenças percebidas na oralidade e na escrita. Por entendermos que a oralidade é uma forma pouca explorada em sala de aula, estudamos em aula, mais especificamente no dia 24/05, uma atividade que parte de uma caixa de imagens. Divididas em dois grandes grupos, as alunas da turma 12 escolheram, individualmente, uma imagem. É importante destacar que, inicialmente, cada grupo definiu um tema, como, por exemplo, lugar.  Uma aluna de cada grupo foi escolhida para iniciar uma história, sendo que o enredo deveria seguir conforme o conteúdo apresentado nas imagens escolhidas. Em cada grupo havia uma relatora. Ao fim, a análise da produção foi feita em conjunto e passada para um cartaz, exposto no corredor do prédio 16 do Centro de Educação da UFSM.



domingo, 26 de junho de 2016

Gênero Textual

Os gêneros textuais são manifestações linguísticas com funções definidas, que são socialmente reconhecidas. Eles possuem intenções comunicativas, ocorrem em situações específicas e remetem às diferentes formas de expressão textual. São vários os exemplos, como romance, conto, receita culinária, lista de compras, carta, entrevista e o anúncio publicitário, foco da atividade que será relatada a seguir.
O anúncio publicitário é uma forma de escrita que se utiliza de frases (manchetes), na maioria das vezes impactantes, para atrair leitores. É um meio pelo qual pode-se anunciar a venda de produtos, procura por objetos, pessoas e coisas em geral. O fim maior deste tipo de texto é de convencer o telespectador sobre a boa qualidade de um determinado produto, convencendo-o a adquirí-lo, por exemplo. Isto nos remete à ideia daquele velho ditado popular, o qual diz que “a propaganda é a alma do negócio”, e se analisarmos, concluiremos que a afirmação é totalmente verídica, porque quanto mais criativo e objetivo for o anúncio, mais haverá a possibilidade de aceitação.
É imprescindível ter em mente o público alvo do anúncio para determinar o endereçamento e as características da produção. No entanto, em geral, o anúncio publicitário apresenta como estrutura:
  • título: recomenda-se que seja criativo e atraente, a fim de atrair o leitor por meio de um jogo de palavras;
  • corpo do texto: é o local em que se desenvolve a ideia proposta no título. É feito por meio de frases curtas e objetivas, adequando o vocabulário ao público-alvo, como já dito acima;
  • identificação do produto: momento em que pode aparecer o slogan junto à marca do produto que se pretende vender. Abaixo, segue um anúncio produzido em aula.


Referência: http://brasilescola.uol.com.br/redacao/anuncio-publicitario.htm

Para refletir...


Referência: http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/frases-famosas-748984.shtml#10

Modelos de Leitura

A leitura apresenta multifaces, é uma construção de diferentes modos de ler. O texto, baseado em contextos e realidades singularidades, possui diferentes estratégias de leitura. Assim, a aula do dia 29/03 teve uma proposta de estudo voltada a questões que podem auxiliar as crianças e alunos, em geral, nesse complexo processo de ler. Há alguns aspectos norteadores que são fundamentais, como a pré-leitura, por exemplo. É necessário buscar que os alunos, no momento da leitura, estejam atentos aos implícitos, que podem ser analisados por meio de uma leitura inicial, seletiva, individual ou em conjunto, pois é fundamental que eles não leiam apenas as palavras expostas. Assim, segue abaixo a atividade proposta e realizada que abarca os mecanismos citados acima .

NO RETIRO DA FIGUEIRA

MOACYR SCLIAR               

Sempre achei que era bom demais. O lugar, principalmente. O lugar era... era maravilhoso. Bem como dizia o prospecto: maravilhoso. Arborizado, tranquilo, um dos últimos locais – dizia o anúncio – onde você pode ouvir um bem-te-vi cantar. Verdade: na primeira vez que fomos lá, ouvimos o bem-te-vi. E também constatamos que as casas eram sólidas e bonitas, exatamente como o prospecto as descrevia: estilo moderno, sólidas e bonitas. Vimos os gramados, os parques, os pôneis, o pequeno lago. Vimos o campo de aviação. Vimos a majestosa figueira que dava nome ao condomínio: Retiro da Figueira. Mas o que mais agradou à minha mulher foi a segurança. Durante todo o trajeto de volta à cidade – e eram uns bons cinquenta minutos – ela falou, entusiasmada, da cerca eletrificada, das torres de vigia, dos holofotes, do sistema de alarmes – e sobretudo dos guardas. Oito guardas, homem fortes, decididos – mas amáveis, educados. Aliás, quem nos recebeu naquela visita, e na seguinte, foi o chefe dele, um senhor tão inteligente e culto que logo pensei: “ah, mas ele deve ser formado em alguma universidade”. De fato: no decorrer da conversa ele mencionou – mas de maneira casual – que era formado em Direito. O que só fez aumentar o entusiasmo de minha mulher. Ela andava muito assustada ultimamente. Os assaltos violentos se sucediam na vizinhança; trancas e porteiros eletrônicos já não detinham os criminosos. Todos os dias sabíamos de alguém roubado e espancado; (...) minha mulher decidiu – tínhamos de mudar de bairro. Tínhamos de procurar um lugar seguro. Foi então que enfiaram o prospecto colorido sob nossa porta. Às vezes penso que se morássemos num edifício mais seguro, o portador daquela mensagem publicitária nunca teria chegado a nós, e, talvez... Mas isto agora são apenas suposições. De qualquer modo, minha mulher ficou encantada com o Retiro da Figueira. Meus filhos estavam vidrados nos pôneis. E eu acabava de ser promovido na firma. As coisas todas se encadearam, e o que começou com um prospecto sendo enfiado sob a porta transformou-se – como dizia o texto – num novo estilo de vida. Não fomos o primeiro a comprar casa no Retiro da Figueira. Pelo contrário, entre nossa primeira visita e a segunda – uma semana após – a maior parte das trinta residências já tinha sido vendida. O chefe dos guardas me apresentou a alguns dos compradores. Gostei deles: gente como eu, diretores de empresa, profissionais liberais, dois fazendeiros. Todos tinham vindo pelo prospecto. E quase todos tinham se decidido pelo lugar por causa da segurança. Naquela semana descobri que o prospecto tinha sido enviado a uma quantidade limitada de pessoas. Na minha firma, por exemplo, só eu o tinha recebido. Minha mulher atribuiu o fato a uma seleção cuidadosa de futuros moradores – e viu mais um motivo de satisfação. Quanto a mim, estava achando tudo muito bom. Bom demais. Mudamos-nos. A vida lá era realmente um encanto. Os bem-te-vis eram pontuais: às sete da manhã, começavam seu concerto. Os pôneis eram mansos, as aleias ensaibradas estavam sempre limpas. A brisa agitava as árvores do parque – cento e doze, bem como dizia o prospecto. Por outro lado, o sistema de alarmes era impecável. Os guardas compareciam periodicamente à nossa casa para ver se estava tudo bem – sempre gentis, sempre sorridentes. O chefe deles era uma pessoa particularmente interessada: organizava festas e torneios, preocupava-se com nosso bem-estar. Fez uma lista dos parentes e amigos dos moradores – para qualquer emergência, explicou, com um sorriso tranquilizador. O primeiro mês decorreu – tal como prometido no prospecto – num clima de sonho. De sonho, mesmo. Uma manhã de domingo, muito cedo – lembro-me que os bem-te-vis ainda não tinham começado a cantar – soou a sirene de alarmes. Nunca tinha tocado antes, de modo que ficamos um pouco assustados – um pouco, não muito. Mas sabíamos o que fazer: nos dirigimos, em ordem, ao salão e festas, perto do lago. Quase todos ainda de roupão ou pijama. O chefe dos guardas estava lá, ladeado por seus homens, todos armados de fuzis. Fez-nos sentar, ofereceu café. Depois, sempre pedindo desculpas pelo transtorno, explicou o motivo da reunião: é que havia marginais nos matos ao redor do Retiro e ele, avisado pela polícia, decidira pedir que não saíssemos naquele domingo. - Afinal – disse, em tom de gracejo – está um belo domingo, os pôneis estão aí mesmo, as quadras de tênis... Era mesmo um homem muito simpático. Ninguém chegou a ficar verdadeiramente contrariado. Contrariados ficaram alguns no dia seguinte, quando a sirene tornou a soar de madrugada. Reunimo-nos de novo no salão de festas, uns resmungando que era segunda-feira, dia de trabalho. Sempre sorrindo, o chefe dos guardas pediu desculpas novamente e disse que infelizmente não poderíamos sair – os marginais continuavam nos matos, soltos. Gente perigosa; entre eles, dois assassinos foragidos. À pergunta de um irado cirurgião, o chefe dos guardas respondeu que, mesmo de carro, não poderíamos sair; os bandidos poderiam bloquear a estreita estrada do Retiro.
— E vocês, por que não nos acompanham? — perguntou o cirurgião.
— E quem vai cuidar da família de vocês? – disse o chefe dos guardas, sempre sorrindo. Ficamos retidos naquele dia e no seguinte.
Foi aí que a polícia cercou o local: dezenas de viaturas com homens armados, alguns com máscaras contra gases. De nossas janelas, nós os víamos e reconhecíamos: o chefe dos guardas estava com a razão. Passávamos o tempo jogando cartas, passeando ou simplesmente não fazendo nada. Alguns estavam até gostando. Eu não. Pode parecer presunção dizer isto agora, mas eu não estava gostando nada daquilo. Foi no quarto dia que o avião desceu no campo de pouso. Um jatinho. Corremos para lá. Um homem desceu e entregou uma maleta ao chefe dos guardas. Depois olhou para nós — amedrontado, pareceu-me — e saiu pelo pretão da entrada, quase correndo. O chefe dos guardas fez sinal para que não nos aproximássemos. Entrou no avião. Deixou a porta aberta, e assim pudemos ver que examinava o conteúdo da maleta. Fechou-a, chegou à porta e fez um sinal. Os guardas vieram correndo, entraram todos no jatinho. A porta se fechou, o avião decolou e sumiu. Nunca mais vimos o chefe e seus homens. Mas estou certo de que estão gozando o dinheiro pago por nosso resgate. Uma quantia suficiente para construir dez condomínios iguais ao nosso – que eu, diga-se de passagem, sempre achei que era bom demais.

SCLIAR, Moacyr. No Retiro da Figueira. Contos contemporâneos. São Paulo: Moderna, 2005.p. 76.

Atividade:
Elabora uma questão para cada etapa da compreensão do texto:

a) Pré-leitura:
Como é o lugar onde vocês (alunos) moram? Gostam de morar lá? E por quê?
O que você pensa que é um retiro?
O que é uma figueira? Nasce algum fruto? E qual é ele?

b) Leitura - como será realizada a leitura:
Primeiramente, a leitura será realizada individualmente, pois acreditamos que cada criança tem seu tempo e seu modo de interpretação e de ver as coisas. Depois, o texto pode ser lido e discutido em conjunto.

c) Busca de informações - explícitos:
Como é o lugar onde a família foi morar? Descreva algumas características.

d) Estudo do texto - inferências:
Por que o chefe dos guardas fez sinal para que os moradores não se aproximassem?
Podemos fazer relação entre o conto e as situações vividas na sociedade atual? Como?

Modos de Leitura

Quando analisamos todo o processo de formação de leitores, é raro observarmos uma relação dinâmica e prazerosa entre os alunos e o ato de ler, pois a leitura acaba se caracterizando pela decodificação mecânica de códigos e símbolos, como se o sentido do texto estivesse presente apenas em casa palavra isolada. Como uma ajuda para que, nós professores, consigamos quebrar esta visão mecânica e rotineira, tivemos como proposta uma atividade diferenciada, que além de trabalhar as questões linguísticas, traz à tona as experiências e realidades dos alunos, questão importante no processo de construção da aprendizagem. Assim, traremos a seguir algumas práticas que auxiliam no processo de desenvolvimento da leitura. 
A leitura interrompida estimula o aluno a interagir com o texto através de questionamentos que podem o fazer refletir e problematizar o que pode vir a  acontecer no texto. Assim, apresenta-se um texto para a criança ler e pode-se interromper após a leitura após alguns trechos e abrir questionamentos. Abaixo, segue um exemplo:


A atividade de sequenciar as partes do texto também é uma forma de leitura, que possui como objetivo ordenar os trechos expostos na sequência correta. Assim, busca fazer o aluno refletir sobre o sentido do texto, a coerência e interpretação. O professor prepara, em uma folha, um texto montado com frases ou trechos fora de ordem. A criança ordena as partes na sequência correta. Por exemplo:   





Correspondência trecho-texto é outra estratégia de leitura, que possui como finalidade a retirada de algumas expressões da transcrição, fazendo com que o aluno busque sentido no texto e encontre os fragmentos adequados. Assim, o professor dá um pequeno texto e vários trechos (do texto e de outros) para a criança ler. O aluno deve então destacar os trechos que estão relacionados às lacunas do texto.


A atividade de correspondência entre ilustração e conteúdo faz com que o aluno, a partir da leitura, escolha uma ilustração que corresponde ao conteúdo do texto. Assim, pode-se apresentar várias ilustrações e um texto. A criança aponta qual é a ilustração que corresponde ao texto. Exemplo: